Mensagens de amor

Ontem colei um post-it com uma curta, mas amorosa mensagem na porta do quarto para o meu marido. “Em troca” recebi um gesto de carinho. Nutrir as relações familiares, promovendo interações positivas, faz com que estas se expandam. Sabe-se por exemplo que para que os casais continuem a florescer, a razão entre interações positivas e negativas deve ser de pelo menos 6 positivas por cada uma negativa1.

A importância da Família

Todos nascemos com a necessidade básica de pertencer2  e a família é o nosso primeiro “local” de pertença. Um famoso estudo acompanhou cerca de 700 pessoas, desde bebés, ao longo de 40 anos3.  Destas, 210 foram criadas na pobreza. As crianças que, apesar da pobreza, conseguiram estabelecer um laço próximo com pelo menos um adulto “competente, emocionalmente estável e sensível às suas necessidades” (alguns deles, avós) superaram as expectativas e aos 40 anos tinham casamentos estáveis, trabalho e estavam integradas na comunidade3.

A família também providencia apoio social, um recurso associado a uma melhor saúde e maior longevidade4. Na verdade, os habitantes das três comunidades com maior longevidade (Sardenha na Itália, Okinawans no Japão e Adventistas do 7º dia nos EUA) têm em comum o facto de porem a família em primeiro lugar e manterem-se socialmente envolvidos4.

Se argumentos científicos não bastarem para justificar a escolha da família como mote para o desenformar.com neste Verão, Madre Teresa de Calcutá disse um dia: “O que podes fazer para promover a paz mundial? Vai para casa e ama a tua família.”

Um (pequeno) desafio

No sentido de fortalecer os laços que vos unem à vossa família, o desafio que lanço esta semana é simplesmente este:

– Acarinhar e surpreender os seus familiares através de mensagens em locais inesperados, como por exemplo, no espelho da casa de banho, na porta do frigorífico, em cima da almofada, debaixo do guardanapo, etc.

  • “Sinto muito orgulho em ti!”
  • “Adoro-te!”
  • “És um exemplo para mim!”
  • “Quando for grande quero ser tão ________________________ como tu!”
  • “Adoro quando me fazes rir!”

Surpreendam-se (mutuamente)!


Referências:

1) Gottman, J. (1994). Why marriages succeed or fail. New York: Simon & Schuster.

2) Brendtro, L., e du Toit, L. (2005). Response Ability Pathways: Restoring bonds of respect. International edition: PreText.

3) Werner, E. (Summer 2005). Resilience and Recovery: Findings from the Kauai Longitudinal Study [versão eletrónica]. Research, Policy, and Practice in Children’s Mental Health Summer 2005, Vol. 19 (1), 11-14. Disponível aqui.

4) Lyubomirsky, S. (2008). The how of happiness: A scientific approach to getting the life you want. New York: Penguin Press.

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