Na passada 6ª feira apresentei um trabalho na pós-graduação e um colega meu teve a amabilidade de filmar e me entregar o vídeo. Há muito tempo que já não me via em filme a dar formação e quando me vi, fiquei surpreendida: no início as minhas mãos mexiam e reviravam ininterruptamente, denotando nervosismo.
Enquanto fazia esta auto-crítica, pensei, “pelo menos está autêntico e o movimento não é tanto que distraia do conteúdo”. Por outro lado, decidi estar mais atenta e controlar melhor as minhas mãos nestas situações. Até me ser natural não as mexer tanto.
E isto fez-me lembrar um vídeo do TED que outro colega partilhou em que Amy Cuddy, a oradora falava sobre repetirmos os gestos e a postura que queremos ter, tantas vezes até nos apropriarmos dela. Quando começamos a treinar certos gestos, parece que estes nunca saem bem, não parecemos naturais e sentimo-nos desconfortáveis. É verdade. Mas um bebé quando começa a caminhar, nunca o faz sem primeiro cambalear, cair e tornar a levantar.
Porque a apresentação conta. E muito. E logo desde o início. Descobriu-se que basta 6 segundos para os alunos decidirem se um professor é bom ou mau, através da visualização de um vídeo sem som do professor a dar aulas (Ambady e Rosenthal, 1993).
Segue então o desafio desta semana: veja o que pode melhorar no seu comportamento não verbal. Procure introduzir uma pequena alteração de forma consciente e depois cambaleie, tropece, e volte a tentar até se sentir confortável!
É isso mesmo Amiga senão tentarmos e nunca errarmos não evoluímos!
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Gosto muito de reflectir sobre este tema – criar novos hábitos, e o que é necessário para o nosso cerebro se habituar. Nunca é demais dizer o quanto apreciei a tua apresentação. Em relação ao desafio, vou aceitá-lo. Parabéns pelo blog, o nome é super sugestivo e este pensamento de “cambalear, tropeçar e voltar a tentar” foi mesmo na “mouche” (para mim, claro!) Beijo
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Obrigada Rosário!
Ainda bem que te foi útil.
Um beijinho,
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Gostei muito. Concordo plenamente. O que interessa é estarmos confortáveis com determinados gestos, e isso é passado para fora automaticamente.
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Aproveito para agradecer ao José Guerreiro pela filmagem e para partilhar o link da comunicação da Amy Cuddy que refiro no artigo: http://youtu.be/Ks-_Mh1QhMc
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Gosto imenso.
Logo que tenha um tempinho vou olhar com mais cuidado e saborear a tua escrita.
Um beijinho
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