Este fim-de-semana fui à Tapada de Mafra! A riqueza e a diversidade da fauna e flora da Tapada criam um ambiente mágico. Depois de passar as antigas casas do Rei, senti-me a embrenhar na natureza, com gamos e javalis a passearem-se como eu, mas com a confiança e descontração de quem recebe na sua casa.
A guia apresentava as árvores com entusiasmo e veio-me à memória Estudo do Meio, quando, na 3ª ou 4ª classe tive de decorar as árvores típicas de cada região de Portugal. Lembro-me de estar a memoriza-las enquanto olhava para o mapa de Portugal e pensar, irritada: “Para que é que eu preciso saber isto?” Na verdade, o conhecimento que me resta sobre a nossa flora não vem dessa altura, mas dos vários passeios pelo país, onde: apanhei castanhas na Serra da Estrela, apreciei as amendoeiras em flor no Algarve, os sobreiros no Alentejo e agora os pinheiros, sobreiros e eucaliptos na Tapada de Mafra.
E isto é uma forma de Aprendizagem Experiencial! Quando aprendemos através da experiência, não nos questionamos sobre o motivo de termos de saber isto ou aquilo. Simplesmente parece natural e sentimos curiosidade em conhecer o meio que nos rodeia ou o que acabámos de vivenciar.
Como potenciar então as aprendizagens?
1) Criar desafios que envolvam a mente e o corpo em simultâneo, como por exemplo, caça ao tesouro com pistas ou uma dinâmica de resolução de problemas com movimento.
2) Permitir que o corpo e a mente se sintam imersos num ambiente natural, usando e abusando dos espaços exteriores! A meditação ao ar livre ou a orientação pedestre permitem esta interligação corpo-mente-ambiente*.
Deixo à vossa sugestão!
*À interligação corpo-mente-ambiente através dos sentidos, Howes (2005) define como “embodiment”. Atletas que praticam modalidades na natureza reportam sentimentos de espiritualidade, mindfulness, fusão e unidade. Saiba mais em: http://www.scielo.br/pdf/motriz/v19n3/06.pdf
100% de acordo. É bem mais fácil de entender quando existem exemplos práticos.
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Ora nem mais, Júlia 🙂
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