Quem nunca esteve num curso ou numa reunião, a sentir aborrecido ao fim de apenas 20 minutos, a pensar em coisas mais úteis do que aquilo que está a ouvir, como por exemplo o que fará para o jantar?
É sabido que as expectativas que temos sobre o grupo ou turma à nossa frente têm uma grande influência sobre a aprendizagem desse mesmo grupo! Mas, e as expectativas que o grupo formula sobre o que vai aprender? Estas são igualmente fundamentais e nem sempre merecem a atenção de professores e formadores…
Depois de estudar pessoas com diferentes profissões em plena atividade laboral, Csíkszentmihályi, um psicólogo Húngaro, emigrado nos EUA descobriu que não raras as vezes, as pessoas entram num estado de concentração intensa. A estes momentos ele chamou de “flow”, fluir. Quem nunca teve esta sensação? Quem nunca perdeu a noção de tempo e espaço quando estava intensamente a fazer algo?
Para alcançarmos um estado de “flow” têm de estar presentes duas condições: percecionarmos a tarefa como desafiante, mas simultaneamente sentirmos que estamos à altura da mesma, ou seja, que temos capacidade para a levar a cabo (http://youtu.be/JjliwSJGDiU).
Ora, isto não ajuda a clarificar o nosso papel enquanto formadores ou professores? A mim ajudou, bastante!
Mais importante do que “adequar” o nível de dificuldade das tarefas às capacidades do grupo, é apoiá-lo e ajudá-lo a estar preparado para o desafio que lhe propomos! Por exemplo, se o desafio exige estar-se concentrados pelo menos 15 minutos, o formador ou professor deverá assegurar-se de que o ambiente está tranquilo, de que todos conseguem manter um tempo de concentração necessário e até mesmo a ajudar as pessoas a descobrir o que as ajuda a manterem-se concentradas (há quem se concentre melhor a ouvir música nos “fones”, porque não?).
Boa semana!
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