E se quando morrêssemos, pudéssemos continuar a ouvir o que as pessoas diziam sobre nós, especialmente durante o velório? Sim, sei que esta pergunta pode parecer absurda e de mau gosto. Mas o objetivo que pretendo com a mesma visa o crescimento pessoal e convenhamos, não é assim tão absurdo se pensarmos que todos lá iremos parar um dia.
Então, pense nisso por uns momentos. Melhor, pense no que gostaria que as pessoas dissessem sobre si: “Era uma pessoa bondosa, pensava sempre nos outros”, ou “Conseguiu levar a cabo muitos projetos que beneficiaram muita gente”, ou “Estava sempre disponível para ajudar”, ou “A sua alegria era contagiante”, ou “Era um(a) filho/a maravilhoso/a”, ou “Era muito corajoso/a!”, ou… … … (complete agora você)!
Este é um exercício adaptado de um outro muito conhecido na Psicologia Positiva, chamado Escreva o seu próprio legado (legado refere-se, neste contexto, ao ritual fúnebre americano em que um familiar próximo do falecido escreve sobre o legado deste). Uma vez que em Portugal este ritual não é muito comum, pensei imediatamente numa adaptação e surgiu-me esta, que denomino desde já “Conversas no meu velório” e que descreve as conversas que decorrem durante o velório, sobre o falecido, à parte de outras lembranças partilhadas por quem não se vê há muito tempo e que provocam ocasionalmente algumas gargalhadas.
Este exercício pode ser utilizado em formações na área do desenvolvimento pessoal ou coaching como ponto de partida para a mudança. Mas antes de o propor a alguém, faça-o você: O que gostaria que os seus familiares mais próximos, amigos e colegas dissessem sobre a sua pessoa? O quão próximo acredita estar de ser essa pessoa? O que precisa fazer para se aproximar mais dela?
Olá Patricia, este é um tema sempre dificil para mim. confesso que me deixaste a pensar e vou reflectir um pouco mais antes de responder à tua pergunta. Realmente fugir de falar sobre o tema não resolve os medos ou angustias que possamos ter sobre ele, por isso aceito desde já o teu desafio e desafio-me a mim própria para “crescer” neste assunto. Obrigada.
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Obrigada pelo feedback, Rosário. Depois diz como correu 😉
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É dificil pensar na nossa mortalidade, mas um dia li uma frase, num outdoor, e todos os dias quando acordo penso nela, pois acho que reflecte um pouco o desafio que lanças: “Faz tudo como se alguém te contemplasse!” Epicuro
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Muito boa ideia Patricia Amei apesar de à partida parecer um pouco mórbida….. assim vou pensar no meu obituário 😉 Bjs
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“Ai, aquela Teresa era uma doida tão saudável! Sempre disposta a pagar um cafezinho para resolver as situações mais difíceis com a equipa! Sempre a pregar cagaços às pessoas, com os seus gritos de furar os tímpanos” – uma ajudinha 🙂 🙂
Podes vingar-te.
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